Gente! mais coisa nova no novo endereço! passem lá pra ver :)
http://bichosempreguica.wordpress.com/2011/12/26/ultimos-hospedes-da-bicho-cada-um-deixando-sua-marquinha/
Bjus!!!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Hóspedes da Bicho, vejam novo post!
Postado por
Alessandra Caprara
às
23:06
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Dar bichos de presente: considerações.
Galera!
VAmos lá para nosso espaço lindo na Wordpress!!!
Já tem mais posts por lá! :)
http://bichosempreguica.com.br/2011/12/19/dar-bichos-de-presente-consideracoes/
Aguardo a participação de vocês.
Abraços,
Equipe da Bicho!
VAmos lá para nosso espaço lindo na Wordpress!!!
Já tem mais posts por lá! :)
http://bichosempreguica.com.br/2011/12/19/dar-bichos-de-presente-consideracoes/
Aguardo a participação de vocês.
Abraços,
Equipe da Bicho!
Postado por
Alessandra Caprara
às
16:15
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Novo Site/Blog
Pessoas que participam deste blog de dicas de comportamento!!! Essa mensagem é especialmente para vocês!
Estávamos já há muito tempo querendo um domínio para compartilhar com vocês. Então conseguimos o www.bichosempreguica.com.br !!! Que chiqueeee!!!!
Mas este blog não permite que usemos nosso domínio :( peninha... então migramos o site e o blog para a wordpress! Está tudo lá, igualzinho aqui!!! Vamos manter esse endereço até que todos vocês tenham nos seguido por lá, não queremos perder nenhum, pois todos vocês são muito importantes para nós, para movimentar, perguntar e desafiar a Bicho! :)
Aguardo todos os follows no endereço acima. Ainda estamos formatando nosso visual, mas não vai demorar para terminarmos. Se quiserem sugerir, também fiquem à vontade.
Bjos
Equipe da Bicho!!!
Estávamos já há muito tempo querendo um domínio para compartilhar com vocês. Então conseguimos o www.bichosempreguica.com.br !!! Que chiqueeee!!!!
Mas este blog não permite que usemos nosso domínio :( peninha... então migramos o site e o blog para a wordpress! Está tudo lá, igualzinho aqui!!! Vamos manter esse endereço até que todos vocês tenham nos seguido por lá, não queremos perder nenhum, pois todos vocês são muito importantes para nós, para movimentar, perguntar e desafiar a Bicho! :)
Aguardo todos os follows no endereço acima. Ainda estamos formatando nosso visual, mas não vai demorar para terminarmos. Se quiserem sugerir, também fiquem à vontade.
Bjos
Equipe da Bicho!!!
Postado por
Alessandra Caprara
às
11:35
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sábado, 22 de outubro de 2011
Alimentação para Papagaios
Antes de começar a descrever o que penso sobre alimentação para papagaios devo alertá-los que estou longe de ser especialista em aves. Minha experiência se restringe a 1,5 ano de estágio no viveiro Manequinho Lopes na recepção de animais selvagens. Esse período foi muito rico para mim devido ao convívio estreito com muitas espécies de rapinantes, psitacídeos e passeriformes, observando sua alimentação e comportamento. Também um estágio com meu amigo, colega de profissão e hoje veterinário do zoo de Bauru, Lauro Soares, em um criadouro particular de animais silvestres em São Roque. Um pouco na clínica (não como veterinária, mas observadora), vendo os malefícios de uma alimentação desbalanceada para esse tipo de ave. Não que outras aves não sofram com problemas de alimentação, mas os papagaios são vítimas muito mais frequentes devido a uma série de mitos sobre eles, pelo modo que são adquiridos, e as orientações que os "compradores" recebem do "fornecedor". A pessoa que adquire um animal desses no mercado negro tem medo de ir a um profissional pedir orientações e acaba acreditando e perpetuando os tais mitos alimentares. Eles têm o medo de ser denunciado por portar um animal ilegal.
Primeira informação: veterinário algum se prestaria ao serviço de denúncia, pois o compromisso dele é com a saúde do animal. De forma alguma incentivando a prática do tráfico, peço que as pessoas pensem muito antes de adquirir um papagaio ou qualquer outro animal de um traficante. Nenhuma vontade pode ser maior que o cuidado pela liberdade e bem-estar de um animal. Saber dos males pelos quais passam os animais traficados e mesmo assim comprar um deles porque os legalizados são muito caros e você não tem dinheiro, desculpe a franqueza, mas é apenas a confirmação do tamanho do egoísmo humano, reflete o quanto ele preocupa-se consigo e com suas próprias vontades e não pensa no sofrimento alheio e no respeito à vida e à liberdade. Se mesmo assim, você, ingenuamente tenha adquirido um animal de procedência duvidosa, rogo que vá a um profissional veterinário que trabalhe com aves, ouça as broncas, mas dê ao animal o tratamento correto, pois muitas vezes ao correr com ele doente depois de muitos erros primários, possa ser tarde demais. Muitos animais que chegam doentes na clínica veterinária são por fatores de erro de manejo, ou seja, a pessoa não sabia exatamente como tratar o animal, acreditou nos mitos e provocou o sofrimento no mesmo, muitas vezes por anos, como o cágado que recebemos certa vez no viveiro. A vida daquele animal, 20 ou 25 anos, foi debaixo da cama da antiga tutora, comendo manga e alface, pois era simpatia para bronquite. Isso pra mim não é crença popular e não merece respeito... Isso é mau trato e no mínimo merece uma bela punição.
Outra informação que quero passar é sobre a alimentação dos papagaios. Papagaios são aves, psitacídeos, ou seja, na natureza eles voam e comem castanhas, sementes, frutas. Para isso que usam seu bico forte e curvado. Então qual a razão para cortarmos todas as penas desta ave, colocá-la numa gaiola ou dar-lhe café? Ou macarrão? Ou ainda alimentar o filhote com fubá e leite???? Aves não são mamíferos, não precisam e não devem tomar leite. Para cortar as penas de seu papagaio, leve-o ao veterinário, existe um jeito certo de fazer isso.
Na natureza, uma ave dessa voa muito e fica praticamente o tempo todo procurando o que comer. Dessa forma ela determina a variabilidade da dieta e faz muito exercício.
Quando elas estão em casa, sem tanto exercício, deve-se primeiro pensar que elas não precisam de tantas calorias como na natureza, senão podem engordar muito, além de ficarem com um mal no fígado chamado esteatose. Isso acontece quando existe muita gordura na dieta de um ser e pouco ou nada de outros nutrientes, suas células hepáticas acabam por sofrer degeneração (morte) por excesso de gordura. Um fígado esteatótico é aquele do frango que compramos no mercado, um fígado pálido e friável (esfarelento). Essa condição leva a inúmeros outros sintomas, como problemas nas penas e facilidade de apresentar outras moléstias como pneumonia. Em resumo, o sistema imunológico da ave fica debilitado e ela fica predisposta a uma série de moléstias. Tudo por um simples erro de manejo que poderia ter sido evitado com uma visita ao veterinário. Um biólogo também pode ajudar nessa questão alimentar.
Atualmente existe uma série de rações comerciais no mercado, mas nós da Bicho prezamos sempre por manter o direito do animal ter uma dieta natural, fresca e bem variada.
Na sequencia, listarei ingredientes que podem e devem estar presentes na dieta de um papagaio, lembrando que não colocarei quantidades, pois não tenho conhecimento técnico pra isso. De qualquer forma, se a dieta do seu papagaio se restringe a amendoim, girassol, café, macarrão e biscoito, trocando isso pelos ingredientes abaixo já será um grande avanço.
Peço também aos leitores mais esclarecidos, que se tiverem alguma informação mais exata e puderem compartilhar, estarão ajudando vários animais a evitarem problemas simples de alimentação.
Se também localizarem algum erro conceitual em meu texto apontem, estamos aqui para aprender.
É interessante sim que papagaios comam sementes oleosas como castanhas, amendoim e girassol, mas elas devem ser oferecidas de uma a duas vezes por semana no máximo. Se esse tipo de semente estiver sempre no meio da comida, o papagaio, que não é bobo nem nada, vai separar somente elas para comer primeiro e não comerá as outras.
Das frutas não é interessante oferecer abacate, pois ele também tem muita gordura e uma toxina que não sei se age nas aves também (papo para os especialistas). Vá oferecendo as frutas uma a uma do grupo das doces (manga, banana), das cítricas (laranja, mexerica), oleosos (côco) e observe as que ele mais gosta, anote e mais tarde varie os tipos durante a semana. Faça o mesmo com os legumes, ofereça jiló, pimentas, pimentões. Ofereça verduras, menos alface e faça o mesmo. Se você gosta de dar algo diferente para seu papagaio, pode dar pipoca sem sal, sem exageros, feita sem muito óleo, com o mínimo necessário. Pode tentar oferecer outros grãos, crus e cozidos sem sal e sem tempero.
Uma terceira coisa é lembrar do enriquecimento alimentar e não dar tudo picadinho num potinho. Pense que na natureza esses animais fazem muito exercício e é indispensável que nós possamos providenciar ao menos alguma atividade para eles. Então se gostam de côco, dê com a casca, quebre o côco e dê uma parte da polpa grudada na casca. As frutas, dê a porção diária em algumas refeições (senão estragam e juntam insetos) com as cascas. Então se a porção diária é 1/3 de banana, corte a porção ao meio com casca e ofereça. O mesmo pra maça, manga, etc. Alimentos mais fáceis de comer podem ser colocados dentro de canos de PVC furados para que a ave se esforce pra pegar. Liberte sua imaginação e só lembre que cada "brinquedo" novo deve ser introduzido sob supervisão, ou seja, fique admirando sua ave manipular o novo objeto para ver se não oferece a ela riscos. Cuidados especiais com materiais que soltam pedaços que possam ser engolidos ou que possam fazer lascas pontudas ou com corte.
Dessa forma você terá um animal muito mais feliz e saudável.
Participem! :)
Abraços
Equipe da Bicho.
Postado por
Alessandra Caprara
às
12:25
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
FREDERICO!!!!
Um antes e depois do FRED sob o mesmo comando :)
E mais uma vez finalizamos o treinamento da familia de Frederico, ou FRED para os íntimos :D.
E como sempre que finalizamos uma etapa fica a alegria pelo sucesso e a tristeza pela saudade. Mas eles sabem agora que a qualquer dúvida, simplesmente podem nos contactar novamente para ajudá-los!
Pedimos para a mãe do Fred mandar uma mensagem para nós!!! E ela mandou!!! Ficamos muito contentes por termos feito parte desse momento tão importante de aprendizado, mas repetimos aqui que O mérito é de vocês!!! Que participaram, se esforçaram, estudaram, compreenderam o FRED e nitidamente mudaram o comportamento com ele. Hoje o Fred é um cão mais calmo e confiante!!! Pode-se ver isso pelo olhar... Quando chegamos ele tinha um olhar tenso, assustado. Hoje ele tem apenas um olhar de cão :) como mostramos na foto. A primeira tirada pouco depois do início do treinamento e a segunda na última aula.
Abaixo o depoimento da família humana do Frederico, nosso amado Weimaraner! Nota 10 pra ele e para a Família Costa!
E mais uma vez finalizamos o treinamento da familia de Frederico, ou FRED para os íntimos :D.
E como sempre que finalizamos uma etapa fica a alegria pelo sucesso e a tristeza pela saudade. Mas eles sabem agora que a qualquer dúvida, simplesmente podem nos contactar novamente para ajudá-los!
Pedimos para a mãe do Fred mandar uma mensagem para nós!!! E ela mandou!!! Ficamos muito contentes por termos feito parte desse momento tão importante de aprendizado, mas repetimos aqui que O mérito é de vocês!!! Que participaram, se esforçaram, estudaram, compreenderam o FRED e nitidamente mudaram o comportamento com ele. Hoje o Fred é um cão mais calmo e confiante!!! Pode-se ver isso pelo olhar... Quando chegamos ele tinha um olhar tenso, assustado. Hoje ele tem apenas um olhar de cão :) como mostramos na foto. A primeira tirada pouco depois do início do treinamento e a segunda na última aula.
Abaixo o depoimento da família humana do Frederico, nosso amado Weimaraner! Nota 10 pra ele e para a Família Costa!
Olá pessoal!
Meu nome é Enilda, sou dona de um weimaraner que esta agora com 1ano e 2 meses, o seu nome é Frederico.
Quando ele tinha um mes veio para a nossa casa, era para todos nós como um filho que estava chegando, recebemos ele com todo o carinho e aconchego, todos da familia gostaram muito dele, ele era um filhote lindo de olhos azuis.
O tempo foi passando e ele foi crescendo muito e o nosso amor por ele também.
Aos 5 meses ele estava lindo e também bastante agressivo com todos nós, as mordidas e o seu temperamento começaram a nos preocupar.
Ele já era um cachorro totalmente dominante com todos da casa, inclusive com os meus dois filhos pequenos, o que era bastante perigoso.
Foi ai que entramos em contato com as duas pessoas que nos ajudaram a resolver esses problemas, a Alessandra e a Ana, começamos rapidamente o treinamento do Frederico, no começo parecia impossivel educa-lo, mas com a dedicação e paciência
delas, fomos aos poucos conseguindo educa-lo e corrigir seus maus hábitos.
Ele as adora, foram seis meses, mas hoje o frederico é um cachorro carinhoso, não é mais agressivo com as pessoas e nem conosco, hoje a gente tem se dado muito bem, até conseguimos leva-lo para passear em lugares públicos (o que antes era impossível) e ele se comporta muito bem, aceita carinho sem rosnar para as pessoas, brinca bem com outros cachorros e se da bem com o restante da familia.
Foi difícil porque o Frederico era um cachorro terrível, chegamos a acreditar e ele nunca mudaria, mas com a ajuda delas, conseguimos!
Todos aqui o amam muito, ele é parte da nossa família, graças a esse trabalho feito pela a Alessandra e a Ana e por nós sob orientação dessas duas pessoas que foram primordiais na nossa batalha com o Frederico.
Quero agradece-las pela ajuda.
Valeu a pena!
bjs
familia Costa
Postado por
Alessandra Caprara
às
11:40
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
adestramento,
aluno,
depoimento,
Frederico
sábado, 23 de julho de 2011
Punições positivas ou negativas? - As famosas e contraditórias BRONCAS.
Cão fofo não é? Essa cara que fazem quando levam uma bronca...
Assunto controverso sim! And I LOVE IT! :)
As broncas, ou mais tecnicamente chamadas PUNIÇÕES, são estímulos desagradáveis que aparecem a fim de extinguir um comportamento indesejável.
Se pensarmos na natureza e na seleção natural (querido e também controverso Darwin) podemos imaginar aqui algumas situações:
Uma ninhada desmamada de cães - 12 cães, 1 corajoso e 11 tímidos.
Então eles nasceram no meio do matinho num terreno e depois dos seus 3 meses começaram a explorar os ambientes. Cheiram daqui e dali, os tímidos seguindo o corajoso que se jogam sobre as minhocas para atacá-las que exploram a grama para brincar.
Cai um pedacinho do muro e lá fora é um mundo novo ao qual eles não têm memória de aprendizado (até os 3 meses quando aprendem o que é seguro e o que não é seguro e muito mais coisas). O mais corajoso logo vai, curioso que é, explorar o mundo lá fora. Novos odores, novas cores, novos movimentos e novos seres! Muitos barulhos que ele nunca ouviu. Os tímidos se assustam e ficam do lado de dentro do muro só olhando. De repente o irmão corajoso vai até a rua enfrentar aqueles monstros brilhantes e rápidos e UI! Tragédia! Lá se vai o filhote corajoso. Ele não poderá se reproduzir e então não passará pra frente seus genes de coragem e dessa forma, com perigos (punições) extremos como este, dificilmente um cão que não tenha medo (cautela) dos carros, sobreviverá numa cidade cheia deles.
Claro que cães não morrem atropelados apenas por sua coragem, mas eu quis dar um exemplo de como uma punição pode ser tão extrema a acabar com a vida do animal.
Não vamos então falar de animais, mas de humanos.
Nós estamos vendo uma cena em que há uma linha de trem, uma cancela e um sino. O sino toca e a cancela fecha quando o trem vem vindo, os carros devem respeitar e parar até que o trem passe. Jovens corajosos decidem brincar com a vida (uma coragem patológica, pois eles CONHECEM o perigo) e passar mesmo com a cancela fechada tirando uma fina do trem e acabam mortos.
Não é pra se espantar, pois vemos isso diariamente nas ruas, nos semáforos, nos cruzamentos.
Para mim, apenas o fato de existir uma possibilidade de colocar alguma vida em risco de injúria ou morte já é suficiente para que eu saiba o que fazer e o que não fazer. Somente o fato de saber que roubar um banco pode me colocar na cadeia e prejudicar uma série de pessoas já é motivo para que eu não o faça. O meu respeito pela vida dos outros jamais me permitiria dar uma rasteira num idoso que vende balas apenas para roubá-las porque não tenho dinheiro para comprá-las. Eu poderia dar uma série de exemplos aqui de como as circunstâncias que criamos podem nos dizer (humanos mesmo - aprendizado por observação a todo vapor) se aquela atitude é ou não segura (do ponto de vista físico, sentimental, moral, etc). Em poucas palavras: o mundo nos prega broncas (punições), às vezes por estímulos introduzidos (positivas) ou benefícios retirados (negativas).
Então dizer que uma punição é positiva não significa que ela é cool! A Punição é boa... NÃO! A Punição positiva, de agora em diante P+, é uma condição em que introduzimos um estímulo desagradável (também chamado aversivo) para extinguir um comportamento. EXEMPLOS:
1 - Semáforos: Num dia comum, caso ultrapassemos um sinal vermelho, muito provavelmente bateremos o carro recebendo uma BELA P+ e outras possíveis punições negativas (mas calma!).
2 - Caso, você meu amigo do sexo masculino, decida bulir com a esposa de outro e seja descoberto, certamente levará uma surra, o que é outra bela P+.
3 - Crianças soltando pipa com cerol, enrosca em fio de alta tensão levam um choque elétrico, P+.
4 - Seu bebê de um ano, aprendendo a andar e descobrindo coisas, enfia um objeto metálico na tomada P+.
É interessante notar que, menos no último caso, existem muitas pessoas que ainda assim fazem o que não podem fazer apenas na esperança da P+ falhar e obviamente isso só acontece porque a P+ FALHA! Se ela fosse constante e certeira... duvido. Outra coisa também: porque a pessoa bebe e passa mal de soltar as tripas e ainda assim continua bebendo? Porque ela passa mal muito depois de ter bebido e a festa que acontecia bem na hora foi tão legal! Então continuo bebendo pela festa mesmo que me custe o bem-estar mais tarde (guardem essa informação) P+.
Um exemplo canino: Se o cão está em casa sozinho, morde um fio elétrico e leva um choque: P+!
A idéia que eu quis passar de P+ é que ela está inserida em nosso cotidiano e varia em intensidade da ineficaz à mortal, passando pela eficaz e pela traumática aí no meio. Tudo depende apenas de seu tipo e intensidade.
Quando a P+ passa a ser apenas uma ameaça ela pode cair no descrédito (pensem nos exemplos que eu dei) e ela é mais efetiva quanto mais frequente, no tempo e intensidade certos. E quando elas precisam de um objeto que as represente (radares, por exemplo ou suas placas de aviso) fica mais ineficaz ainda. No caso dos radares fotográficos podemos pensar que o flash é uma P+, pois é um sinal de que coisas bem desagradáveis acontecerão (dependendo da situação, é claro). Quanto maior a incerteza de que a punição vai ocorrer, maior sua eficácia, sendo a P+ de alta frequência e no tempo e intensidade corretos, como eu já disse.
Chega de P+ e agora passamos às punições negativas, a partir daqui chamadas P- e que não são as punições más e sim as punições em que tiramos um estímulo agradável, por exemplo não deixar o filho que não ajuda com as tarefas domésticas jogar seu video game.
Então não dar atenção ao cão que não obedece é uma forma de P-. Ao contrário da P+, a P- não pode falhar nunca, pois em sua falha o ser humano ou o animal será RECOMPENSADO! Então no caso do seu filho folgadão, se ele tem uma forma de jogar o vídeo game sem que você saiba ele será recompensado tanto pelo jogo em si como pela vitória de fazer algo que é proibido (quem já foi adolescente sabe o quanto isso vale!). Ou então seu cão que não deve ter atenção quando acontece isso ou aquilo de errado não tem SUA atenção, mas seu marido distraído acaba olhando pra ele no momento em que fez a bobeira, Bingo! Já era a punição, pois ele foi recompensado naquele momento. Claro que se os erros não forem frequentes, acontecerá apenas um atraso nos bons resultados, mas se isso acontece com frequencia, a tal P- não servirá pra o que deveria se prestar.
MAS de nada adianta discutir punições se não discutimos os indivíduos. Entretanto, digerir estas informações mandando perguntas, críticas e/ou sugestões é uma etapa que antecederá o próximo post, no qual falarei sobre INDIVÍDUOSXPUNIÇÕES.
Obrigada pela atenção
Alessandra - Equipe Bicho
Postado por
Alessandra Caprara
às
18:09
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Limites do treinamento
Fiona - Caso complicado, mas resolvido como possível (Arq pessoal)
Esse assunto é uma constante na vida de um educador de animais. Simplesmente porque no Brasil não temos o costume de adotar/comprar animais com ajuda profissional. E como é tudo muito passional, ou pior, baseado na estética, acabamos por perceber, no final, que o temperamento do animal é incompatível com o do tutor. Esse fato piora com a falta de regulamentação para a criação de animais, sendo que existem criadores sérios (poucos) e muitas fábricas de animais que não têm critério para cruzamento e acabam deformando o temperamento da raça.A princípio essa questão não parece assim tão grave, mas se considerarmos que a relação humano-animal depende basicamente da capacidade do humano em se adaptar ao temperamento do animal para poder ter com ele uma relação prazerosa e não destrutiva, temos que os maiores limites são mesmo humanos. E neste momento chegamos num ponto interessante para os tutores que nos lêem, mas principalmente para os profissionais do comportamento ou aspirantes: temos sim que saber o máximo que pudermos sobre comportamento animal, mas se você acha que isso é tudo, está enganado - temos que saber mais ainda sobre comportamento humano, o que não significa que seremos psicólogos e nem devemos, mas sim para que possamos acessar as pessoas pertencentes aos diversos tipos de personalidade. Compliquei?
Vamos supor que você seja do tipo durão, que consegue manter liderança mesmo sobre o cão mais dominante e vá atender uma cliente sensível, daquelas que vestem rosa bebê e dormem com um urso de pelúcia E com o cão, daquelas que o marido chama de amorzinho e é só mimos com ela. O que você acha que poderá acontecer dentro de sua relação profissional? Viu só? RELAÇÃO! Da mesma forma que o temperamento de um animal pode ser incompatível com de seu tutor, o temperamento de um humano pode ser incompatível com o temperamento de outro. Se o durão aí conhecer minimamente o comportamento humano, saberá:
1 - identificar as diferenças
2 - moldar seu próprio comportamento
3 - superar as diferenças
4 - acessar o temperamento da cliente
5 - não perder a cliente e
6 - resolver o problema conseguindo ainda alguma indicação.
De que vai adiantar chegar na moça sensível e dizer: olha, você não pode mais fazer carinho em Lulu, pois a mima muito. Ela deve deixar de dormir na sua cama e precisa rolar na grama um pouco ao menos. Olha, se não perder a cliente, no mínimo construirá entre si e ela uma grande muralha. Ela vai lhe achar um grosso, insensível e se mantiver o compromisso profissional com você será apenas para NÃO fazer o que você diz e pior: fazer exatamente o contrário.
Repito aqui que isso que estou dizendo sobre comportamento humano não tem absolutamente NADA a ver com ser psicólogo da(o) cliente, por favor hein? :)
Certa vez tive uma cliente que acabou adotando uma Pastor Alemão alucinada. Medrosa, dominante, insegura. A cachorra tinha uma história de vida difícil, tinha sido maltratada, apanhou muito numa época bem sensível da vida (até 3 m de idade mais ou menos) e ficou de um jeito bem terrível. Fui chamada e a cliente disse: você é minha última esperança. PÉÉÉ, minha buzina interna gritou! OPA! Não resolvo isso sozinha não. Já percebi duas coisas: ela não pretendia participar das aulas e pensava que eu deveria resolver todo o caso entregando outra cã pra ela. Calma, doce, corajosa e que passeasse sem puxar como um trator. Um dos meus principais objetivos era trazer a cliente para a aula e fazer com que ela entendesse o processo real da educação canina.
Ela participou das primeiras aulas e eu percebi sua inabilidade com os equipamentos e sua incapacidade em dar uma bronca. Era muito sensível e mesmo depois de ter sido mordida a ponto de arrancar sangue, mesmo já tendo lutado corporalmente com a cachorra, não conseguia deixar de dar comida na boca nem de colocar pra dormir, cantar nana neném, etc. Era um caso bem complicado, mas eu teria que dar mesmo um jeito...
Sou do tipo durona, então foi bem complicado, pois mesmo usando milhões de jeitos pra falar a mesma coisa ela acabou se enchendo e sumiu das aulas. Ficávamos eu e a cachorra, às vezes uma empregada. Fiquei 8 meses na casa, dos quais 6 meses eu ia lá 4 vezes na semana. Eram 40 minutos de aula na rua, passeio. Eu saía sempre com algum hematoma, pois ela tinha a força de 2 tratores. Não penei assim nem com o Mozart do post anterior, com seus 80 Kg. Usei tudo que eu sabia e no fim dos 8 meses a cachorra, que tinha desvios comportamentais sérios, passeava com a atenção toda voltada para mim e na minha presença ficava mais tranquila. A tutora conseguia sim passear com ela também, num pedaço curto, mas conseguia.
No meio do nosso treinamento, a cliente me chamou e disse: Alessandra, eu entendo tudo que você fala, acho tudo muito certo, mas confesso pra você que não tenho temperamento pra isso. BINGO! Ela fechou o caso. Relação incompatível, pois a cachorra precisava de uma líder pra se acalmar devido ao seu alto grau de medo e a necessidade constante de liderar (alta dominância), mas a cliente não conseguiria ser líder. Ela era daquelas que mima, a todos... Isso foi em 2008, não sei que fim deu essa relação, mas esse caso mostrou claramente pra mim os limites do treinamento quando o tutor não quer ou não consegue participar, entender, se moldar e treinar seu próprio animal.
Abraços! :)
Postado por
Alessandra Caprara
às
12:18
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
dominância,
Fiona,
treinamento
quarta-feira, 4 de maio de 2011
10 Motivos para você não contratar o serviço da Empresa Bicho Sem Preguiça
Aqui descrevemos porque e quando você deve desistir de contratar os Serviços da Bicho Sem Preguiça:
1. Se você adora Cesar Millan e seus métodos.
2. Se você acha que sabe tudo e só quer alguém pra confirmar seu conhecimento.
3. Se você tem certeza que seu cão precisa apanhar.
4. Se você acha que mulheres não dão conta de cães agressivos.
5. Caso você não tenha tempo para o treinamento e procure alguém que faça por você.
6. Se você não tiver disposto a exercitar a coerência, persistência e paciência.
7. Caso você tenha certeza que dar broncas resolve tudo.
8. Se você acha ridículo ficar dando petiscos para o animal fazer as coisas.
9. Se você tem muitas certezas e poucas dúvidas.
10. Se você tem a certeza que o problema é todo do animal e nada seu.
1. Se você adora Cesar Millan e seus métodos.
2. Se você acha que sabe tudo e só quer alguém pra confirmar seu conhecimento.
3. Se você tem certeza que seu cão precisa apanhar.
4. Se você acha que mulheres não dão conta de cães agressivos.
5. Caso você não tenha tempo para o treinamento e procure alguém que faça por você.
6. Se você não tiver disposto a exercitar a coerência, persistência e paciência.
7. Caso você tenha certeza que dar broncas resolve tudo.
8. Se você acha ridículo ficar dando petiscos para o animal fazer as coisas.
9. Se você tem muitas certezas e poucas dúvidas.
10. Se você tem a certeza que o problema é todo do animal e nada seu.
Postado por
Alessandra Caprara
às
13:01
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
sexta-feira, 18 de março de 2011
Enriquecimento comportamental - Comunicação eficiente
Um Terranova - Mozart - dando a patinha :) - Arquivo pessoal
Acho que agora está na hora de entrarmos no quesito: correção.
Aqui eu começo a série: já tenho esse problema E AGORA?
E começamos tudo mostrando uma maneira de desenvolver uma linha de comunicação com o seu animal. Não tem como ele saber o que você quer e muito menos você saber o que se passa com seu bichinho sem antes vocês possuírem um canal de comunicação. Os seres humanos conseguem, mesmo com desconhecidos, interpretar alguns estados emocionais apenas lendo o conjunto postural do outro (se não sabe é melhor começar a perceber, pode lhe ajudar a evitar encrencas ou aproveitar oportunidades que surjam). Essa sensibilidade e aprendizado sobre o outro nos leva a um mundo incrível de percepção, respeito e prazer. Quem não conhece seu animal perderá muito da relação jogando nele uma série de interpretações equivocadas e consagradas como verdades (os paradigmas, perdição!). Dizer que cão com a cauda abanando quer dizer "cão feliz" é um equivoco até perigoso. Tudo que observamos deve ser colocado num contexto para que nos traga uma interpretação mais próxima da realidade.
Então a primeira parte disso tudo diz respeito a sinais que os animais emitem e o que eles significam em certos contextos. Como minha experiência se pauta principalmente em cães, um tantinho em gatos falarei mais deles. Para outras espécies é interessante aquela leitura sobre comportamento natural em vida livre. De qualquer forma, animais criados muito juntos aos humanos, instintivamente aprendem a ler algumas posturas humanas. Também existem livros interesssantes sobre o assunto que podem ser consultados para mais detalhes (o que aconselho). Sugiro: Cachorros Falam da Sophie Collins, MAS Sempre lembrar que não existem sinais e sim CONTEXTOS!
Depois de aprender a entender o animal, é importante dar um outro passo, pois de nada adianta eu entender um sinal se não sei emitir outro para me comunicar. CALMA! ninguém vai precisar aprender a andar em 4 apoios, nem latir, nem levantar a perna pra fazer xixi! Como somos seres inteligentes (ao menos eu acho), conseguimos imaginar que usando algumas ferramentas podemos CONSTRUIR UMA VIA DE COMUNICAÇÃO. Para este fim temos vários caminhos para escolher, mas depois de muitas tentativas e muitos resultados observados, se notou que existe um método que dá resultados mais eficientes e duradouros além de tornar o processo todo mais prazeroso. O uso de recompensas e clicker nos dá ótimos resultados e alem do aprendizado é possível notar o aumento do prazer e do respeito na relação.
E é disso que vamos falar: condicionamento, adestramento com clicker.
Sinceramente não pretendo aqui ensinar como se adestra com clicker, mesmo porque existem livros que o fazem e cursos também, o que quero é chamar a atenção para a técnica e seus pormenores.
Primeiramente, se você quer um cão adestrado coloque na cabeça que então você terá que aprender a adestrar seu cão, pois nenhum profissional, por melhor que seja, poderá fazer isso por você. Caso alguém diga o contrário, peço que se apresente e me ensine :D. Não estou falando de ensinar o cão a sentar, deitar, rolar, pois isso, depois de muito repetirmos, pode sim ser ensinado ao longo do tempo sem muito esforço do proprietário, mas eu PESSOALMENTE não chamo isso de adestramento.
Adestrar é o mesmo que educar e para educarmos devemos ter a tal linha de comunicação, pois sem ela não há troca. Adestrar é muito mais que ensinar comandos, é entender o cão e se fazer entender. E isso só pode ser realizado entre os indivíduos que compõem a relação.
E para que serve o mágico "click"?
O barulhinho é um facilitador, ele sinaliza um acerto e com o tempo passa a ter sabor de vitória para o animal. Se você não pretende ter um supercão que faça estripulias e tudo mais, não é necessário usar esse marcador com som metálico, você pode usar qualquer palavra ou som que mostre seu contentamento (também serão marcadores). O importante é que esse sinal seja sempre o mesmo para o cão ter certeza do que está acontecendo.
O barulhinho/palavra/click deve vir antes da recompensa propriamente dita (brinquedo, carinho, petisco) e exatamente depois do acerto, seja lá qual for, determinado por você. Ele representará o fim do exercício, comando, tarefa e depois dele o cão estará livre até que se inicie outro comando ou exercício.
MAS nada disso fará o menor sentido se a linha de comunicação não estiver estabelecida. Como isso se dá?
Primeiro costumamos ensinar o cão o que é CERTO e o que é ERRADO. Como CERTO, tomamos tudo que será seguido de recompensa, mas o que devemos recompensar? As recompensas devem vir SEMPRE depois de uma atitude induzida por você ou espontânea do animal e que seja totalmente desejável. NUNCA se recompensa quando o cão apenas obedecer um NÃO bem dado. Então a regra para ensinar o SIM e o NÃO é: Jamais recompense depois de dar uma bronca.
Para tornar mais claro eu gosto de usar o exemplo do jogo de video game: iniciamos o jogo, se fizermos algo errado a tela nos manda a mensagem: GAME OVER e começamos o exercício novamente, se fizermos algo certo visualizamos a mensagem WINNER (ou qualquer outra semelhante). Então se o animal fizer o exercício certo = recompensa; se fizer errado = punição e começa o exercício novamente.
Exercício é TUDO o que você se propuser a fazer com o cão, e suas regras também serão feitas por você, devem ser óbvias, voltadas para a facilitação do acerto e constantes. A mudança de regras no meio do jogo confunde o animal e o torna ansioso.
Por tudo isso costumo dizer que o maior benefício para o homem que treina um cão é o exercício da sua Coerência :)
O SIM e o NÃO devem sempre estar presentes no dia-a-dia da relação, deve ser treinado exaustivamente, pois a obediência é um quesito de segurança antes de tudo. E também, a obediência (que nada tem de ditatorial) deixa o animal (que tem hábitos sociais) mais seguro e feliz.
Chega por hoje, estou devendo um monte de coisas ainda, não esqueci, é que as idéias vão surgindo e eu vou escrevendo :)
Até a próxima.
Acho que agora está na hora de entrarmos no quesito: correção.
Aqui eu começo a série: já tenho esse problema E AGORA?
E começamos tudo mostrando uma maneira de desenvolver uma linha de comunicação com o seu animal. Não tem como ele saber o que você quer e muito menos você saber o que se passa com seu bichinho sem antes vocês possuírem um canal de comunicação. Os seres humanos conseguem, mesmo com desconhecidos, interpretar alguns estados emocionais apenas lendo o conjunto postural do outro (se não sabe é melhor começar a perceber, pode lhe ajudar a evitar encrencas ou aproveitar oportunidades que surjam). Essa sensibilidade e aprendizado sobre o outro nos leva a um mundo incrível de percepção, respeito e prazer. Quem não conhece seu animal perderá muito da relação jogando nele uma série de interpretações equivocadas e consagradas como verdades (os paradigmas, perdição!). Dizer que cão com a cauda abanando quer dizer "cão feliz" é um equivoco até perigoso. Tudo que observamos deve ser colocado num contexto para que nos traga uma interpretação mais próxima da realidade.
Então a primeira parte disso tudo diz respeito a sinais que os animais emitem e o que eles significam em certos contextos. Como minha experiência se pauta principalmente em cães, um tantinho em gatos falarei mais deles. Para outras espécies é interessante aquela leitura sobre comportamento natural em vida livre. De qualquer forma, animais criados muito juntos aos humanos, instintivamente aprendem a ler algumas posturas humanas. Também existem livros interesssantes sobre o assunto que podem ser consultados para mais detalhes (o que aconselho). Sugiro: Cachorros Falam da Sophie Collins, MAS Sempre lembrar que não existem sinais e sim CONTEXTOS!
Depois de aprender a entender o animal, é importante dar um outro passo, pois de nada adianta eu entender um sinal se não sei emitir outro para me comunicar. CALMA! ninguém vai precisar aprender a andar em 4 apoios, nem latir, nem levantar a perna pra fazer xixi! Como somos seres inteligentes (ao menos eu acho), conseguimos imaginar que usando algumas ferramentas podemos CONSTRUIR UMA VIA DE COMUNICAÇÃO. Para este fim temos vários caminhos para escolher, mas depois de muitas tentativas e muitos resultados observados, se notou que existe um método que dá resultados mais eficientes e duradouros além de tornar o processo todo mais prazeroso. O uso de recompensas e clicker nos dá ótimos resultados e alem do aprendizado é possível notar o aumento do prazer e do respeito na relação.
E é disso que vamos falar: condicionamento, adestramento com clicker.
Sinceramente não pretendo aqui ensinar como se adestra com clicker, mesmo porque existem livros que o fazem e cursos também, o que quero é chamar a atenção para a técnica e seus pormenores.
Primeiramente, se você quer um cão adestrado coloque na cabeça que então você terá que aprender a adestrar seu cão, pois nenhum profissional, por melhor que seja, poderá fazer isso por você. Caso alguém diga o contrário, peço que se apresente e me ensine :D. Não estou falando de ensinar o cão a sentar, deitar, rolar, pois isso, depois de muito repetirmos, pode sim ser ensinado ao longo do tempo sem muito esforço do proprietário, mas eu PESSOALMENTE não chamo isso de adestramento.
Adestrar é o mesmo que educar e para educarmos devemos ter a tal linha de comunicação, pois sem ela não há troca. Adestrar é muito mais que ensinar comandos, é entender o cão e se fazer entender. E isso só pode ser realizado entre os indivíduos que compõem a relação.
E para que serve o mágico "click"?
O barulhinho é um facilitador, ele sinaliza um acerto e com o tempo passa a ter sabor de vitória para o animal. Se você não pretende ter um supercão que faça estripulias e tudo mais, não é necessário usar esse marcador com som metálico, você pode usar qualquer palavra ou som que mostre seu contentamento (também serão marcadores). O importante é que esse sinal seja sempre o mesmo para o cão ter certeza do que está acontecendo.
O barulhinho/palavra/click deve vir antes da recompensa propriamente dita (brinquedo, carinho, petisco) e exatamente depois do acerto, seja lá qual for, determinado por você. Ele representará o fim do exercício, comando, tarefa e depois dele o cão estará livre até que se inicie outro comando ou exercício.
MAS nada disso fará o menor sentido se a linha de comunicação não estiver estabelecida. Como isso se dá?
Primeiro costumamos ensinar o cão o que é CERTO e o que é ERRADO. Como CERTO, tomamos tudo que será seguido de recompensa, mas o que devemos recompensar? As recompensas devem vir SEMPRE depois de uma atitude induzida por você ou espontânea do animal e que seja totalmente desejável. NUNCA se recompensa quando o cão apenas obedecer um NÃO bem dado. Então a regra para ensinar o SIM e o NÃO é: Jamais recompense depois de dar uma bronca.
Para tornar mais claro eu gosto de usar o exemplo do jogo de video game: iniciamos o jogo, se fizermos algo errado a tela nos manda a mensagem: GAME OVER e começamos o exercício novamente, se fizermos algo certo visualizamos a mensagem WINNER (ou qualquer outra semelhante). Então se o animal fizer o exercício certo = recompensa; se fizer errado = punição e começa o exercício novamente.
Exercício é TUDO o que você se propuser a fazer com o cão, e suas regras também serão feitas por você, devem ser óbvias, voltadas para a facilitação do acerto e constantes. A mudança de regras no meio do jogo confunde o animal e o torna ansioso.
Por tudo isso costumo dizer que o maior benefício para o homem que treina um cão é o exercício da sua Coerência :)
O SIM e o NÃO devem sempre estar presentes no dia-a-dia da relação, deve ser treinado exaustivamente, pois a obediência é um quesito de segurança antes de tudo. E também, a obediência (que nada tem de ditatorial) deixa o animal (que tem hábitos sociais) mais seguro e feliz.
Chega por hoje, estou devendo um monte de coisas ainda, não esqueci, é que as idéias vão surgindo e eu vou escrevendo :)
Até a próxima.
Postado por
Alessandra Caprara
às
12:40
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
adestramento,
bronca,
clicker,
educação
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Enriquecimento ambiental - alimentação
Fonte: http://www.saobernardo.sp.gov.br/comuns/pqt_container_r01.asp?srcpg=noticia_completa&ref=3931&qt1=0
Para aqueles que acham ainda que é muito complicado introduzir enriquecimento ambiental para um animal de estimação. Estamos aqui para mostrar que mais se trata de imaginação, quebra de paradigmas e uma pitada de mudança no hábito (que acaba seguindo a quebra de paradigma).
Não vamos aqui discutir a qualidade nem o tipo de alimentação e sim a forma com que ela é oferecida ao animal.
O primeiro passo para a quebra de um paradigma é fazer a si mesmo uma série de perguntas que tirem o cérebro da posição confortável: "Isso é assim, porque sempre foi assim."
Primeira pergunta:
Por que damos comida para os animais em pratos e/ou potes?
Segunda pergunta:
De onde saiu a idéia que o alimento deve ficar disponível o dia todo para o animal?
Terceira pergunta:
Por que raios a comida não pode se mexer?
Quarta pergunta:
Por que exatamente descascamos e picamos todo o alimento que será oferecido?
Alguns raciocínios para auxiliar no exame mental para as perguntas acima:
1) Nós temos a mania incrível de achar que tudo que nos cerca tem as mesmas necessidades que nós. Não costumamos parar para pensar: o que esse ser vivo, que está sob minha responsabilidade, precisa?
2) Mesmo considerando a afirmação acima, colocamos a comida para o animal e deixamos lá, o dia todo, no tempo, para as formigas, é um paradoxo. Além de ser contra normas de higiene, o hábito de expor os alimentos pelo dia todo, os faz perder suas propriedades nutritivas e características de sabor.
3) Somos capazes de ir até a gôndola do supermercado e pegar uma bandeja com pedaços de carne, mas não temos coragem de por nós mesmos caçar e abater respeitosamente nosso alimento, portanto nem preciso dizer que nos falta coragem para oferecer aos animais o que é de mais natural para eles: presa viva. De qualquer forma podemos encontrar outras alternativas.
4) O animal não tem dentes ou bico especializado para se virar com os alimentos?
5) Nós não mastigamos direito, os cães não mastigam a ração direito, mas certamente se o alimento estiver inteiro, ele terá que cortar com os dentes e mastigar.
Algumas idéias muito simples:
Tudo que for falado aqui necessita de um período de adaptação que será diferente para cada animal. O que vale é a observação: veja se o bicho está aprendendo, se for rápido exija cada vez mais dele, se for lento, facilite para que ele entenda. A idéia aqui é sempre facilitar para o animal entender o processo e não elaborar um teste super difícil pra ele descobrir sozinho, ok?
1) Jogue fora o pote de comida. Caso seu animal coma Alimentação Natural Cozida, nunca espalhe pelo chão e use outros métodos para enriquecer o ambiente, se for crua, pode espalhar os vegetais, use sempre o bom senso. Se ele come ração seca, passe a espalhar a mesma pelo chão (previamente limpo) e escondida atrás dos móveis (isso tudo dependerá de onde seu animal vive). Para quem tem gramados, pode jogar bem espalhado. Faça isso em local aberto apenas em dias que não tenha previsão de chuva e espalhe APENAS a quantidade que seu animal come para não haver sobras, mesmo dentro de casa.
2) Use objetos. Aqui deve-se ter cuidado especial com os cães que engolem coisas. Caso seu cão seja assim, não use objetos que soltem lascas pontiagudas ou pedaços grandes.
Coloque o alimento em garrafas pet com buracos de mais ou menos 1 cm de diâmetro. Faça os buracos com uma tesoura. Peço desculpas por AINDA não termos uma foto pra postar, mas estamos providenciando. Eu costumo fazer uns 10 furos em uma garrafa de 2 L. Para cães menores, garrafinhas de água são bem legais.
Ensine o animal a usar a garrafa, ele deve estar com apetite e para facilitar é legal colocar uns petiscos mais chamativos dentro da garrafa. Em breve também um vídeo do processo.
Esse exercício da garrafa pode ser modificado. Podemos usar canos de PVC (lembre-se da regra de segurança), canos flexiveis (aqueles sanfonadinhos). O importante é: toda vez que você perceber que o animal está diminuindo o tempo de ingestão, ou seja, ele está ficando pró no exercício, dificulte a ação. Diminua o tamanho dos furos, então diminua o número de furos, etc.
Caixas de papelão também são grandes aliadas. É possível colocar uma dentro da outra e fazer furos, lacrar a tampa, tudo para variar a dificuldade como já explicado. As caixas são legais para os animais que engolem coisas, pois o papelão não causa obstruções.
3) Congele os alimentos. Isso eu nunca usei com animais domésticos, mas com os de zoológico isso é comum. Faz-se um sorvetão com a carne e o sangue e ao mesmo tempo que o animal se hidrata ele gasta energia e tempo para derreter o sorvetão e pegar a carne que está lá dentro.
Para estes 3 métodos não existem impedimentos financeiros. Obviamente que há um gasto de tempo, mas depois que a gente começa, costuma ficar muito empolgado vendo a empolgação do animal para comer! Eles ficam mais ativos e felizes, também muito mais cansados!
Lembre-se sempre que o objetivo aqui é fazer o animal se interessar mais pela comida e gastar tempo, procurando e desenvolvendo estratégias para conseguí-la. Assim como nós, mesmo consumidores de congelados, fazemos diariamente.
É isso aí! Mais idéias di grátis? É só comentar!
E leia mais aqui.
Para aqueles que acham ainda que é muito complicado introduzir enriquecimento ambiental para um animal de estimação. Estamos aqui para mostrar que mais se trata de imaginação, quebra de paradigmas e uma pitada de mudança no hábito (que acaba seguindo a quebra de paradigma).
Não vamos aqui discutir a qualidade nem o tipo de alimentação e sim a forma com que ela é oferecida ao animal.
O primeiro passo para a quebra de um paradigma é fazer a si mesmo uma série de perguntas que tirem o cérebro da posição confortável: "Isso é assim, porque sempre foi assim."
Primeira pergunta:
Por que damos comida para os animais em pratos e/ou potes?
Segunda pergunta:
De onde saiu a idéia que o alimento deve ficar disponível o dia todo para o animal?
Terceira pergunta:
Por que raios a comida não pode se mexer?
Quarta pergunta:
Por que exatamente descascamos e picamos todo o alimento que será oferecido?
Alguns raciocínios para auxiliar no exame mental para as perguntas acima:
1) Nós temos a mania incrível de achar que tudo que nos cerca tem as mesmas necessidades que nós. Não costumamos parar para pensar: o que esse ser vivo, que está sob minha responsabilidade, precisa?
2) Mesmo considerando a afirmação acima, colocamos a comida para o animal e deixamos lá, o dia todo, no tempo, para as formigas, é um paradoxo. Além de ser contra normas de higiene, o hábito de expor os alimentos pelo dia todo, os faz perder suas propriedades nutritivas e características de sabor.
3) Somos capazes de ir até a gôndola do supermercado e pegar uma bandeja com pedaços de carne, mas não temos coragem de por nós mesmos caçar e abater respeitosamente nosso alimento, portanto nem preciso dizer que nos falta coragem para oferecer aos animais o que é de mais natural para eles: presa viva. De qualquer forma podemos encontrar outras alternativas.
4) O animal não tem dentes ou bico especializado para se virar com os alimentos?
5) Nós não mastigamos direito, os cães não mastigam a ração direito, mas certamente se o alimento estiver inteiro, ele terá que cortar com os dentes e mastigar.
Algumas idéias muito simples:
Tudo que for falado aqui necessita de um período de adaptação que será diferente para cada animal. O que vale é a observação: veja se o bicho está aprendendo, se for rápido exija cada vez mais dele, se for lento, facilite para que ele entenda. A idéia aqui é sempre facilitar para o animal entender o processo e não elaborar um teste super difícil pra ele descobrir sozinho, ok?
1) Jogue fora o pote de comida. Caso seu animal coma Alimentação Natural Cozida, nunca espalhe pelo chão e use outros métodos para enriquecer o ambiente, se for crua, pode espalhar os vegetais, use sempre o bom senso. Se ele come ração seca, passe a espalhar a mesma pelo chão (previamente limpo) e escondida atrás dos móveis (isso tudo dependerá de onde seu animal vive). Para quem tem gramados, pode jogar bem espalhado. Faça isso em local aberto apenas em dias que não tenha previsão de chuva e espalhe APENAS a quantidade que seu animal come para não haver sobras, mesmo dentro de casa.
2) Use objetos. Aqui deve-se ter cuidado especial com os cães que engolem coisas. Caso seu cão seja assim, não use objetos que soltem lascas pontiagudas ou pedaços grandes.
Coloque o alimento em garrafas pet com buracos de mais ou menos 1 cm de diâmetro. Faça os buracos com uma tesoura. Peço desculpas por AINDA não termos uma foto pra postar, mas estamos providenciando. Eu costumo fazer uns 10 furos em uma garrafa de 2 L. Para cães menores, garrafinhas de água são bem legais.
Ensine o animal a usar a garrafa, ele deve estar com apetite e para facilitar é legal colocar uns petiscos mais chamativos dentro da garrafa. Em breve também um vídeo do processo.
Esse exercício da garrafa pode ser modificado. Podemos usar canos de PVC (lembre-se da regra de segurança), canos flexiveis (aqueles sanfonadinhos). O importante é: toda vez que você perceber que o animal está diminuindo o tempo de ingestão, ou seja, ele está ficando pró no exercício, dificulte a ação. Diminua o tamanho dos furos, então diminua o número de furos, etc.
Caixas de papelão também são grandes aliadas. É possível colocar uma dentro da outra e fazer furos, lacrar a tampa, tudo para variar a dificuldade como já explicado. As caixas são legais para os animais que engolem coisas, pois o papelão não causa obstruções.
3) Congele os alimentos. Isso eu nunca usei com animais domésticos, mas com os de zoológico isso é comum. Faz-se um sorvetão com a carne e o sangue e ao mesmo tempo que o animal se hidrata ele gasta energia e tempo para derreter o sorvetão e pegar a carne que está lá dentro.
Para estes 3 métodos não existem impedimentos financeiros. Obviamente que há um gasto de tempo, mas depois que a gente começa, costuma ficar muito empolgado vendo a empolgação do animal para comer! Eles ficam mais ativos e felizes, também muito mais cansados!
Lembre-se sempre que o objetivo aqui é fazer o animal se interessar mais pela comida e gastar tempo, procurando e desenvolvendo estratégias para conseguí-la. Assim como nós, mesmo consumidores de congelados, fazemos diariamente.
É isso aí! Mais idéias di grátis? É só comentar!
E leia mais aqui.
Postado por
Alessandra Caprara
às
12:20
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
alimentação,
enriquecimento ambiental
domingo, 2 de janeiro de 2011
Enriquecimento ambiental e comportamental
Fonte: http://100mililitros.blogspot.com/2009/04/enriquecimento-ambiental-empobrecimento.html
Você é criativo? Você tem espírito de MacGyver? Então vai se deliciar com que eu tenho pra escrever hoje!!!
Caso você não seja, não se preocupe, pois existem receitas básicas que podem ser utilizadas sem prejudicar os resultados.
Feche os olhos e imagine um cão, mas um cão de rua (sim, é bem mais fácil que imaginar a rotina de um lobo).
Ele dorme e acorda o dia todo. Ele tem que correr de carros e pessoas maldosas que queiram machucá-lo ou ferí-lo. Ele deve buscar abrigo do frio, do sol e da chuva. Ele escolhe se quer deitar na grama, na lama, no asfalto quentinho ou na sombra refrescante. Ele anda muito! Muito mesmo, fareja e se relaciona naturalmente com outros cães (imaginem ou lembrem de terem visto 2 cães se encontrarem na rua, soltos). Se quiser comer, ele deve pedir, roubar ou procurar, rasgar sacos de lixo, provar um pouquinho aqui e outro ali, desenvolver estratégias para ganhar comida, como fazer "aquela carinha". Correm atrás de bicicletas, motos. Em época de cio, juntam aqueles montes ao redor da cadela. Por final, buscam água... UFA!!!
Agora, voltem-se para a vida de um cão de apartamento que passeia uma vez ao dia na guia. Ele dorme muito, quase o dia todo, sai pra passear como um desesperado, passeio curto porque o guardião não aguenta tantos puxões. Ele come a ração, a mesma todos os dias, no pote, ela não se mexe e ele enche a barriga em, no máximo, 10 segundos (salvo excessões que serão tratadas em postagem específica). Ele tem uns brinquedos que ficam jogados por aí, sempre os mesmos. Ele só tem contato com humanos e raramente vê cães durante o passeio, pois se isso acontecesse o guardião não aguentaria segurar, então ele evita, prefere horários calmos e vai sempre pelos mesmos caminhos...
Ok, acho que deu pra ver a diferença.
E onde entra o enriquecimento ambiental e comportamental?
O primeiro serve justamente para, de forma possível, oferecermos atividades que ocupem o tempo do cão como se ele estivesse na rua realizando todas as ações descritas. Dessa forma ele gasta energia, ocupa o tempo, aprende novas estratégias e até pensa pra isso!!! Mas para o cão de rua, a rua não é sempre a mesma, ela muda constantemente, pois então esse é o segredo do enriquecimento ambiental: MUDANÇAS CONSTANTES.
Não adianta você chegar hoje e decidir fazer o enriquecimento ambiental para seu animal de estimação e achar que já fez tudo o que podia... logo, tudo o que você preparou não será mais novidade... e caímos novamente no ócio...
O enriquecimento comportamental serve para melhorar o convívio do guardião e do cão, serve para instalar uma via de comunicação entre os dois, facilitando, diminuindo stress e aumentando o prazer da relação. Depois que a via de comunicação se instala, ela tende a se expandir! É muito gratificante!!!
Aqui temos mais informações: http://www.zoologico.sp.gov.br/peca2.htm
Então qual tipo de enriquecimento ambiental devo usar? Vai depender do cão, mas as que não falham normalmente são as alimentares. Não vou aprofundar nas definições, pois existem grupos especializados que fazem isso muito bem. A idéia é dar idéias... o que fazer? Como proceder? Um passo-a-passo, sabe?
Vão fritando os miolos por aí. Usem termos de busca como "environmental enrichment dog" e "mind games" no YouTube, "enriquecimento ambiental" no Google.
Você tem essa vontade? Vontade de transformar seu cão num cão? Livre, vibrante, alegre?
Pois então participe, comente, pergunte!
Veterinários: comecem a pensar nesses dois termos como parte de tratamentos, principalmente para ansiedade e problemas de pele que não param de recidivar...
Abraços!
Você é criativo? Você tem espírito de MacGyver? Então vai se deliciar com que eu tenho pra escrever hoje!!!
Caso você não seja, não se preocupe, pois existem receitas básicas que podem ser utilizadas sem prejudicar os resultados.
Feche os olhos e imagine um cão, mas um cão de rua (sim, é bem mais fácil que imaginar a rotina de um lobo).
Ele dorme e acorda o dia todo. Ele tem que correr de carros e pessoas maldosas que queiram machucá-lo ou ferí-lo. Ele deve buscar abrigo do frio, do sol e da chuva. Ele escolhe se quer deitar na grama, na lama, no asfalto quentinho ou na sombra refrescante. Ele anda muito! Muito mesmo, fareja e se relaciona naturalmente com outros cães (imaginem ou lembrem de terem visto 2 cães se encontrarem na rua, soltos). Se quiser comer, ele deve pedir, roubar ou procurar, rasgar sacos de lixo, provar um pouquinho aqui e outro ali, desenvolver estratégias para ganhar comida, como fazer "aquela carinha". Correm atrás de bicicletas, motos. Em época de cio, juntam aqueles montes ao redor da cadela. Por final, buscam água... UFA!!!
Agora, voltem-se para a vida de um cão de apartamento que passeia uma vez ao dia na guia. Ele dorme muito, quase o dia todo, sai pra passear como um desesperado, passeio curto porque o guardião não aguenta tantos puxões. Ele come a ração, a mesma todos os dias, no pote, ela não se mexe e ele enche a barriga em, no máximo, 10 segundos (salvo excessões que serão tratadas em postagem específica). Ele tem uns brinquedos que ficam jogados por aí, sempre os mesmos. Ele só tem contato com humanos e raramente vê cães durante o passeio, pois se isso acontecesse o guardião não aguentaria segurar, então ele evita, prefere horários calmos e vai sempre pelos mesmos caminhos...
Ok, acho que deu pra ver a diferença.
E onde entra o enriquecimento ambiental e comportamental?
O primeiro serve justamente para, de forma possível, oferecermos atividades que ocupem o tempo do cão como se ele estivesse na rua realizando todas as ações descritas. Dessa forma ele gasta energia, ocupa o tempo, aprende novas estratégias e até pensa pra isso!!! Mas para o cão de rua, a rua não é sempre a mesma, ela muda constantemente, pois então esse é o segredo do enriquecimento ambiental: MUDANÇAS CONSTANTES.
Não adianta você chegar hoje e decidir fazer o enriquecimento ambiental para seu animal de estimação e achar que já fez tudo o que podia... logo, tudo o que você preparou não será mais novidade... e caímos novamente no ócio...
O enriquecimento comportamental serve para melhorar o convívio do guardião e do cão, serve para instalar uma via de comunicação entre os dois, facilitando, diminuindo stress e aumentando o prazer da relação. Depois que a via de comunicação se instala, ela tende a se expandir! É muito gratificante!!!
Aqui temos mais informações: http://www.zoologico.sp.gov.br/peca2.htm
Então qual tipo de enriquecimento ambiental devo usar? Vai depender do cão, mas as que não falham normalmente são as alimentares. Não vou aprofundar nas definições, pois existem grupos especializados que fazem isso muito bem. A idéia é dar idéias... o que fazer? Como proceder? Um passo-a-passo, sabe?
Vão fritando os miolos por aí. Usem termos de busca como "environmental enrichment dog" e "mind games" no YouTube, "enriquecimento ambiental" no Google.
Você tem essa vontade? Vontade de transformar seu cão num cão? Livre, vibrante, alegre?
Pois então participe, comente, pergunte!
Veterinários: comecem a pensar nesses dois termos como parte de tratamentos, principalmente para ansiedade e problemas de pele que não param de recidivar...
Abraços!
Postado por
Alessandra Caprara
às
22:35
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
enriquecimento ambiental
Assinar:
Postagens (Atom)